02 fevereiro, 2006

"Sentindo antes..."

Uma das cenas que mais me impressionaram em toda a minha vida é resultante de uma foto que colhi na Web. Ela estava -como está- disponível na rede. Eu a "perdi" -a tal cena- quando mandei formatar meu HD. A procurei novamente por aí mas sem muita convicção. Ou sem nenhuma convicção. Na verdade, tentando reencontrá-la, no íntimo torci (palavrinha esta esquisita, não é ? ) prá não reencontrá-la. E de tanto torcer(!) no sentido oposto, até agora o resultado da minha perda e conseqüente tentativa de recuperação da cena (foto) é positiva. Não a reencontrei! Detesto filmes de terror. Os filmes de amor, aqueles adocicados, com um mínimo de dificuldade dos enamorados de se ajustarem e se entenderem e, afinal, serem felizes para sempre, são os meus favoritos. Os filmes de louca paixão correspondida, então, estes me remetem ao extase. Esse delírio místico é tudo o que eu desejo pra mim. E também pra todos aqueles que eu amo. E mesmo pra aqueles que eu não amo mas que gostaria de ter um bom relacionamento como, e.g., os maridos das lindas e doces e momentaneamente infelizes e insatisfeitas das suas mulheres... Eles, os maridos delas, merecem a minha atenção. Evidentemente que não a mesma que eu daria(!) - ou dou- a elas e, claro, nem do mesmo tipo . E muito menos os mesmos cuidados. Mas... são pessoas, com certeza sensíveis, passando por problemas que "não vem ao caso" expô-los, muito menos discuti-los. São problemas absolutamente íntimos, personalíssimos. E me cabe respeitá-los. Como, da mesma forma me cabe tentar, ainda que de forma empírica - tantas vezes quantas se façam necessárias, fazer com quê (e tome doses de empirismo nisso!) a razão da insatisfação e do "duro" sofrimento da carência afetiva e afins das suas doces, belas e carinhosas mulheres (a razão) seja totalmente superada e efusivamente vencida. Uau! É um árduo trabalho. Requer perseverância! Muito suor. Sangue não, a não ser em alguns raros casos. Sem sangria desatada.
Mas... voltando ao tema proposto ao início, a cena sim, a cena,... aquela que ao mesmo tempo me chocou e me deixou estupefato e/ou encantado e/ou boquiaberto, é aquela registrada na foto de uma cobra... Sim, um réptil! Na verdade, uma cabeça de cobra. >>>>>>É a foto da língüa em close saindo da boca de uma enorme cobra . . . (será que está certo isso: a língüa em close saindo da...); enfim: é a foto de uma serpente ( sua enorme cabeça ), sua língüa se estendendo da sua bocarra gosmenta , num átimo, -(num nanossegundo)-, pra . . . > a-ca-ri-ci-ar>, adocicar, sei lá, preparar sua presa . . . pro golpe final! Um instantâneo absolutamente fantástico! Como imaginar que há um carinho tão aterrorizador entre o predador e a sua vítima , naquele instante de contato único e derradeiro! Um prazer total ao menos de uma das partes envolvidas no processo. O ideal seria que tal prazer fosse recíproco. >Aí ela, a presa, poderia então melhor se posicionar: "comida prazeirosamente mas tão rápido ! . . . Bem que poderia ter sido bem mais devagarzinho! "

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Este texto está interessantíssimo, parabéns! A conclusão é quase orgástica...

fevereiro 07, 2006  

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